Torneiras
Há uma enorme variedade de tipos de torneira, desde a torneira com uma saída e dispositivo de reserva (praticamente em desuso) até à torneira de duas saídas.
TORNEIRAS COM RESERVA

Nas torneiras com reserva, este dispositivo consiste, basicamente, numa válvula fechada por uma mola calibrada para 40 ou 50 bar de pressão. Enquanto o ar dentro da garrafa tem uma pressão maior do que a da mola, abre facilmente a válvula e sai.
Quando a pressão do ar dentro da garrafa desce para um valor igual ao da mola, as forças equilibram-se, a pressão do ar já não é suficiente para abrir a válvula e o mergulhador precisa de fazer esforço para vencer a força da mola e inspirar.
Ao diminuir ainda mais a pressão dentro da garrafa, a mola acaba por manter a válvula fechada, interrompendo a passagem do ar. Nesta altura o mergulhador tem de puxar a“vareta da reserva”, para anular manualmente a força da mola e abrir a válvula, permitindo que o ar passe. O mergulhador volta então a respirar normalmente, sabendo que está a consumir o “ar de reserva”.
Com o sistema de reserva é necessário tomar duas precauções:
- A garrafa deve ser carregada com a reserva aberta (vareta para baixo).
- No início do mergulho a reserva deve estar fechada (vareta para cima).
Embora usado durante muito tempo, nunca se deve confiar totalmente neste sistema. Se houver deficiência da mola (mola pasmada), o mergulhador tem uma reserva de ar inferior à que deveria ter; se por esquecimento a reserva não for fechada antes de iniciar o mergulho, ou se durante o mergulho a vareta da reserva for puxada acidentalmente (presa numa rocha, por ex.), o mergulhador fica sem qualquer reserva de ar.
O SISTEMA YOKE E DIN
Atualmente o dispositivo de reserva foi substituído pelo manómetro de pressão, ( Módulo T3 – Equipamento de Mergulho Diverso), que permite saber em qualquer momento do mergulho qual a pressão do ar existente na garrafa.
As torneiras com duas saídas podem ser do tipo “Y” ou do tipo “T”.

O acoplamento do regulador à saída da torneira poderá ser feito pelo sistema Yoke (estribo) ou pelo sistema DIN (rosca).

SISTEMA YOKE
No sistema Yoke, a junta tórica está alojada numa sede (gola) à volta do orifício de saída da torneira e é sobre ela que aperta o estribo do regulador.

SISTEMA DIN
No sistema DIN (acrónimo de Deutsche Industrie Norm), a torneira tem uma rosca fêmea onde é atarraxado o regulador, que tem uma rosca macho, no topo da qual está alojada a junta tórica.
O MERGULHADOR DEVE TER SEMPRE JUNTAS TÓRICAS DE RESERVA PARA PODER SUBSTITUIR UMA JUNTA DANIFICADA OU QUE SE TENHA PERDIDO
CUIDADOS
A manipulação das torneiras deve ser feita suavemente e sem forçar. Se notar alguma dificuldade ao rodar o manípulo é conveniente mandar verificar, pois pode ser o eixo empenado ou apenas falta de lubrificação.
A saída das torneiras deve ser protegida com uma capa em plástico ou envolvida com fita adesiva de papel após o enchimento, de modo a não permitir a entrada de substâncias estranhas.
FECHE SEMPRE AS TORNEIRAS SUAVEMENTE, SEM APERTAR, PARA NÃO DANIFICAR AS JUNTAS DE ALTA PRESSÃO