Tipos e Características de Bússolas
Existem dois tipos de bússolas no mercado, a analógica e a digital. As bússolas analógicas são aquelas que marcam a direção por meio de uma agulha num quadrante numerado. As bússolas digitais indicam a direção por meio de uma seta que aparece em um ecrã de cristal onde são indicados os números em graus que correspondem às diferentes orientações.
BÚSSOLA ANALÓGICA

A bússola consiste num invólucro cilíndrico, impermeável, com uma tampa transparente, para que o mostrador de leitura possa ser facilmente visto.
Alguns modelos mais sofisticados também têm janelas laterais para facilitar a leitura quando o braço é segurado horizontalmente em frente do corpo. Há alguns modelos onde a agulha foi substituída por um disco ou mostrador que é rodado orientado por ímanes na sua parte inferior e alinhado com o campo magnético da terra. Para proteger a bússola da pressão, ela é enchida com um líquido que a torna incompressível e adequada para utilização a qualquer profundidade.
A bússola analógica tem normalmente uma luneta exterior rotativa que indica a direção em que nos dirigimos e uma roda central que roda livremente onde se encontra a agulha magnética (agulha vermelha no interior da figura). A luneta rotativa é normalmente dividida em seções com marcações, geralmente de 15º por 15º, e com uma marcação especial através de uma seta que nos permite estabelecer a direção da nossa navegação (seta vermelha no exterior da figura).
Na figura acima podemos ver como a seta vermelha na luneta exterior indica a direção que estamos a seguir, enquanto que a seta no interior aponta na direção do norte geográfico. Como se pode ver, a agulha magnética aponta numa direção de aproximadamente 330º, ou seja, estamos a ir numa direcção de 330º, ou 30º para leste. Esta direção, em termos técnicos e náuticos, é chamada 30º NNE (30º norte-nordeste).
BÚSSOLA DIGITAL

A bússola digital é muito semelhante à bússola analógica exceto que não há luneta rotativa no exterior e nenhum disco ou agulha magnética no interior. Em vez disso, tem um visor de cristais líquidos que, quando ativado, mostra a direção correspondente ao rolamento seguido por uma seta digital, bem como o ângulo que forma com o norte geográfico.
Se olharmos para a figura acima, podemos ver que apenas a marca correspondente à direção seguida e o ângulo formado com o norte geográfico aparece no visor de cristais líquidos, que é sempre referenciado por uma marca (preto na figura mostrada).
Existem diferentes modelos e marcas de bússolas digitais no mercado, todos eles muito fiáveis e precisos.
Para que uma bússola digital seja considerada adequada para a orientação com precisão e fiabilidade adequadas, deve satisfazer certos requisitos, nomeadamente:
- Acompanhamento permanente da trajetória percorrida por meio de indicadores de rumo.
- Exibição de correções de curso.
- Programação de cursos com indicação das correções necessárias.
- Gravação e armazenamento de um número suficiente de cursos.
- Controlo da distância por meio do tempo de viagem para cada curso.
- Medição do curso de acordo com o norte geográfico ou magnético.
TIPOS DE FUNCIONAMENTO
Quanto ao funcionamento podemos distinguir dois tipos de bússola:
COM AGULHA MÓVEL
- Quadrante graduado fixo
- Graduação em graus no sentido anti-horário
- Linha de fé coincidente com o zero
COM DISCO MÓVEL
- Quadrante graduado no disco ou calote esférica móveis
- Graduação em graus no sentido horário (nalgumas em sentido anti-horário)
- Linha de fé não coincidente com o zero
- Pode permitir a leitura lateral
Qualquer que seja o modelo escolhido uma bússola deverá possuir, no mínimo, as características seguintes:
- A bússola deve estar cheia de líquido que servirá não só para resistir à pressão, mas também para tornar os movimentos da agulha suaves (amortecidos), de modo a que a sua leitura possa ser feita com segurança e comodidade.
- A agulha/disco, deve rodar livremente podendo ser lida com segurança mesmo que a bússola não esteja perfeitamente nivelada (em relação à horizontal).
- Deve ter-se o maior cuidado em verificar se a inclinação que o aparelho tem quando estamos a fazer uma leitura não trava o movimento da agulha/disco, originando deste modo uma falsa leitura.
- Deverá possuir uma “linha de fé” o mais comprida possível, melhor se passando pelo eixo da agulha/disco, de modo a permitir que se possam fazer as marcações dos pontos de referência ou se possa seguir determinada direção, fácil e corretamente.
- Deverá ter uma espessura reduzida para poder ser facilmente observada pelo mergulhador de cima para baixo, com alguma inclinação, que é a posição de observação do aparelho mais utilizada.
- Deverá ter uma coroa rotativa, de preferência graduada em graus, com mira e linha de marcação, esta última que servirá para memorizar uma determinada direção que se pretende seguir.
- A graduação do quadrante será de preferência marcada em graus (000º/360º), em vez da indicação dos pontos cardeais e subdivisões. Quanto maior for o número de divisões do quadrante mais precisa será a leitura da bússola.
- O quadrante deverá ser luminoso (pintura fluorescente) para o caso dos mergulhos realizados com muito pouca luz ou à noite.