Lesson 1, Topic 1
In Progress

Sobrepressão Pulmonar e Acidente de Descompressão

TEMPO DE APARECIMENTO DOS SINTOMAS


Na sobrepressão pulmonar, devido às suas características específicas, o início dos sinais e sintomas é geralmente rápido. O tempo médio de aparecimento dos primeiros sintomas é de 1 minuto. Isto significa que em muitos casos o acidentado apresenta sintomas quando ainda está dentro de água, ou mesmo na última etapa do seu mergulho, o que pode provocar o seu afogamento.

Os sinais e sintomas do acidente de descompressão evoluem de uma forma mais lenta. O tempo médio de aparecimento de sintomas oscila entre os 20 minutos e as 2 horas, desde o final do mergulho. É necessário estar atento a qualquer sinal que possa aparecer várias horas depois da imersão.

Entre 15 a 18% dos mergulhadores acidentados, continuam a mergulhar mesmo depois de aparecerem os primeiros sintomas. A razão pela a qual o fazem, não é compreensível. Talvez se deva a dificuldade que têm de reconhecer os sintomas, mas também é possível que por vezes os omitam para não serem alvo de criticas.

O exercício físico depois de um mergulho, uma grande diferença de altitude ou a baixa da pressão atmosférica, são fatores que podem contribuir para que os sintomas de um acidente causado pela variação da pressão apareçam.

ATRASO NA CHAMADA DA EMERGÊNCIA E NA RECOMPRESSÃO


Estatísticas recentes apontam para um atraso médio de 18 horas entre o início dos sintomas e o recurso á assistência médica. Existem várias razões pelas quais estes atrasos acontecem. Por vezes os sinais e sintomas de um acidente de mergulho, causado pela variação da pressão, podem ser muito subtis e passarem desapercebidos por um período de tempo considerável. Algumas pessoas não procuram um serviço especializado, pois por vezes o centro médico fica longe do sítio onde estão, ou por acharem que os seus sintomas não são suficientemente graves para recorrer a um tratamento.

Os mergulhadores acidentados tendem a melhorar e os sintomas diminuem ou mesmo desaparecem depois de terem recebido os primeiros socorros com administração de oxigénio, o que motiva que evitem procurar assistência médica especializada. O número de recaídas é significativo e a melhoria do quadro clínico com a administração de oxigénio não deve ser motivo para evitar o recurso médico avançado.

SEQUELAS DEPOIS DO TRATAMENTO


As estatísticas revelam que em cerca de 50% dos casos ficaram sequelas mesmo após o primeiro tratamento. Uma revisão efetuada três meses mais tarde detetou que em 15,8% dos casos ainda apareciam sintomas. As razões de isto acontecer ainda não são totalmente claras e encontram-se em estudo.

Devido ao grande número de recaídas, é muito importante que os mergulhadores, nos quais permanecem sequelas depois da recompressão em câmara hiperbárica, não voltem a mergulhar até que os sintomas tenham desaparecido totalmente.