Lesson 1, Topic 1
In Progress

Planeamento do Mergulho

A navegação subaquática e o planeamento do mergulho estão intimamente ligados. O planeamento do percurso ou a sua adaptação ao local do mergulho, tendo em conta a utilização de pontos e linhas de referência, contribui para tirar o máximo partido das referências disponíveis.

A navegação por pilotagem (utilização de pontos e linhas de referência) deverá ser o método preferencial, não só pela sua simplicidade, mas também pela menor concentração exigida ao mergulhador. No entanto, há situações em que este tipo de navegação não é possível, devido às dificuldades apresentadas pelo meio subaquático, sendo mais eficaz a utilização outros métodos, tais como a navegação por padrões.

São várias as vantagens da aplicação das técnicas de navegação subaquática:

  • Pode permitir aos mergulhadores evitar ter que nadar muito tempo à superfície no final dos mergulhos.
  • Permite que os companheiros de mergulho permaneçam juntos, desde que sigam um percurso comum combinado previamente.
  • Torna mais fácil a busca em caso de separação do companheiro, porque, sendo o percurso conhecido por todos, durante o minuto convencionado para procurar o companheiro, podem nadar ao encontro um do outro. Isto também se aplica no caso da perda de um elemento de um grupo.
  • Permite ajudar o mergulhador que conhece a sua posição a regressar ao ponto de partida.
  • Permite voltar aos sítios de mergulho mais interessantes, bem como explicar aos outros como atingi-los, ajudando a evitar zonas perigosas.
  • Diminui a necessidade do mergulhador vir à superfície para se posicionar.
  • Dá uma grande satisfação ao mergulhador ser capaz de atingir com precisão os locais pretendidos, deslocando-se debaixo de água.

Há que ter sempre presente, em qualquer planeamento, que não vale a pena aprofundar detalhes que sabemos à priori serem irrelevantes para esse mergulho.

Entre outros elementos a considerar, temos o tempo previsto para efetuar o percurso e a autonomia da garrafa, em função do esforço que o mergulhador prevê vir a estar sujeito. Não menos importantes são a direção e força da corrente, além dos locais de entrada e saída do mergulho, devendo ter-se sempre em conta a existência de uma ou mais saídas alternativas.

Ao efetuar um mergulho em que pretendemos regressar ao ponto de partida, é fundamental sabermos qual o momento em que devemos parar e voltar para trás, normalmente condicionado pela autonomia da garrafa, tendo em conta a não utilização da reserva de ar.