Lesson 1, Topic 1
In Progress

O Pânico

1. PÂNICO PASSIVO

Nem sempre o pânico se manifesta sob a forma de movimentos bruscos e descontrolados, podendo verificar-se de formas mais subtis, quer à superfície quer em imersão.

Há indivíduos que na presença de uma situação de angústia ficam como se estivessem em estado de transe, numa apatia completa, sem qualquer tipo de reação e sem qualquer tipo de iniciativa. A estes indivíduos é necessário prestar uma assistência o mais rápido possível e, se em imersão, deverão ser trazidos de imediato para a superfície.

Esta é uma das situações que mais pode exigir do “RD”, e na generalidade, este deverá aproximar-se de frente para a vítima e perguntar-lhe se “está bem” ou, se em imersão, fazer-lhe o sinal “tudo vai bem?”. Se não receber qualquer resposta e caso verifique quaisquer outros sinais que revelem o pânico o salvador deverá agarrar a vítima por trás pois dum momento para o outro ela pode entrar em pânico ativo tentando agarrar- se ao seu salvador, complicando assim a manobra de salvamento.

Se a situação se verificar em imersão, durante a subida o “RD” deve manter o regulador na boca da vítima certificando-se que ela continua a respirar.
Uma vez chegados à superfície, a vítima deve ser colocada em flutuabilidade positiva devendo o salvador manter-se atrás da vítima ajudando-a a recuperar as suas faculdades.

Neste caso o mergulho deverá ser interrompido devendo procurar-se averiguar qual o motivo do que aconteceu.

2. PÂNICO ATIVO

A situação mais frequente e mais grave no mergulho é a de um mergulhador que entra em pânico, debaixo de água, subir para a superfície em balão.
O mais grave é que o tempo que medeia entre o entrar em pânico e esta tomada de atitude é extremamente curto, quase não dando possibilidade ao “RD” se aperceber da situação e poder atuar atempadamente.

É exatamente no momento em que o salvador vê a primeira manifestação de pânico que deve atuar aproximando-se da vítima, agarrando-a e procurando acalmá-la. É preciso muita atenção pois a vítima pode arrancar o regulador da boca do salvador ou a máscara e começar a subir para a superfície batendo forte e descontroladamente as barbatanas e mais grave ainda, retendo a respiração.

O esforço do “RD” deve concentrar-se em tentar reduzir a velocidade de subida da vítima agarrando-se a qualquer sítio do seu corpo ou do equipamento, ao mesmo tempo que verifica se ela mantém a respiração suspensa pois se tal acontecer o mais provável é a vítima vir fazer uma sobrepressão pulmonar.

Sendo praticamente impossível parar a subida de um mergulhador em pânico o esforço do “RD” deve ser direcionado no sentido de reduzir a velocidade de subida, para o que deve tirar ar do seu colete e do da vítima e colocar as palmas das suas barbatanas perpendicularmente ao sentido do movimento ascensional, nunca se esquecendo de libertar o ar dos seus pulmões durante a subida.

Uma vez chegados à superfície, a vítima deve ser colocada em flutuabilidade positiva devendo o salvador manter-se atrás da vítima segurando-a pela torneira da garrafa ao mesmo tempo que procura acalmá-la.