Navegação por Pilotagem

A navegação por pilotagem é o tipo ideal de navegação pois não depende da medição de distâncias, não tem que seguir um rumo com grande rigor nem obriga a uma concentração constante por parte do navegador.
Isto permite que este tome parte mais ativa no mergulho, permitindo-lhe que leve consigo mergulhadores menos experientes, podendo navegar e tomar conta do companheiro.
Este tipo de navegação é o mais preciso, mas infelizmente só pode ser utilizado quando as condições de visibilidade o permitem, quando conhecemos previamente as referências utilizáveis na navegação, quando temos a capacidade de as reconhecer, quando é possível estabelecer um percurso subaquático que contenha essas referências.
FONTES DE INFORMAÇÃO
Pelo que atrás foi referido podemos inferir que todas as informações recolhidas após um mergulho poderão ser aproveitadas em mergulhos posteriores, desde que sejam registadas sob a forma de um mapa submarino onde elas estão convenientemente referenciadas.
Outras fontes de informação não menos importante são:
- As cartas náuticas, pois nelas vamos encontrar o tipo de fundo. a localizaçãode rochas, a existência de correntes marítimas e sua intensidade, aprofundidade relativa ao zero hidrográfico.
- As tabelas de maré.
- A observação das características da costa (declive, constituição, etc.), poisatravés dela podemos imaginar como será o fundo pois normalmente existegrande relação entre as duas partes.
- As informações obtidas de pessoas relacionadas com o local ou outrasentidades.
PLANEAMENTO DE UM PERCURSO
Relativamente ao planeamento do percurso devem ser verificados entre outros, os seguintes aspetos:
- Segurança evitar zonas perigosas prever saídas alternativas (no caso dos mergulhos feitos a partir de terra)
- Quantidade de ar de ar disponível
- Perfil do mergulho
- Pontos de interesse
LINHAS DE LIGAÇÃO
Constata-se por vezes que num percurso que se pretende realizar as linhas e pontos de referência não se encontram todos ligados havendo necessidade de estabelecer percursos auxiliares, “linhas de ligação”, para os ligar entre si e assim permitir saltar de uns para outros sem perder a sequência das referências.
As linhas de ligação, obtidas com a ajuda duma bússola ou de referências naturais, se por sorte existirem, são análogas a um percurso padrão e ao serem desenhadas devemos ter o cuidado de o fazer para que não sejam necessárias, nem a avaliação das distâncias nem uma grande precisão no rumo a seguir.
No caso de dificuldade em obtermos referências naturais podemos utilizar marcas artificiais que, colocadas no local mais conveniente, servirão de pontos de referência. Estas marcas que permitem uma maior liberdade no planeamento de um percurso devem ser facilmente transportáveis e identificáveis, devendo preferencialmente ser colocadas sobre linhas de referência para uma melhor utilização.
Deixa-se ao critério do leitor a preparação dessas marcas em função do fim que se pretende atingir e das condições em que vão ser utilizadas.