Lesson 1, Topic 1
In Progress

Estrutura de uma Sessão Teórica

Ao ser planificada, uma sessão deve obedecer a uma determinada estrutura, de modo a que os alunos, se identifiquem com o que o instrutor pretende transmitir, compreendendo desta forma o conteúdo que lhes está a ser transmitido.

O quadro seguinte apresenta quais as fases em que podemos dividir uma sessão e a forma como elas são caracterizadas indicando também o tempo aproximado que cada uma delas deve ocupar.

A INTRODUÇÃO


1. VERIFICAÇÃO SEGURANÇA E CONFORTO

O instrutor deve verificar antes da introdução as condições de segurança e conforto da instalação onde irá realizar a sessão.

  • Deve verificar o estado da instalação elétrica, existência de vídeo projetor, temperatura e humidade da sala
  • Deve verificar a qualidade dos equipamentos como local onde se vão sentar e condições de higiene
  • Deve verificar níveis de cloro, temperatura da água, acessos ao tanque da piscina, locais para colocar equipamentos

2. APRESENTAÇÃO

O instrutor apresenta-se, devendo referir:

  • Nome
  • Nível de instrutor CMAS
  • Função que desempenha na escola e no curso
  • Relaciona ou faz analogias entre o assunto de que vai falar e uma situação prática do mergulho
  • Pode contar uma história para suavizar o ambiente (quebra gelo)
  • Realiza perguntas aos alunos de modo a aperceber-se dos diversos níveis de conhecimentos

3. PONTOS-CHAVE

O instrutor destacará os pontos principais do assunto que vai falar.

  • Poderá apresentar um diagrama ou apenas enumerá-los ou escrevê-los no quadro.
  • Fala sobre um acontecimento no qual salienta um facto relacionado com o assunto que vai ser tratado que fará ressaltar a sua importância.

4. ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO

O instrutor dirá aos alunos como é que a aula se irá processar.

  • Como os alunos devem interagir entre si e com o instrutor
  • Se devem ou não tomar notas; qual o manual a ser consultado; qual a página do manual
  • Em que altura devem fazer as perguntas
  • Se o instrutor está a falar rápido de mais ou se está a falar baixo

PARTE PRINCIPAL


1. OBJETIVOS

  • Os objetivos devem ser claros e concisos
  • Deve ser dito ao aluno aquilo que ele está a tentar aprender
  • Deve ser dito ao aluno qual o resultado que se espera dessa aprendizagem

O instrutor dirá aos alunos quais os objetivos que os alunos terão que atingir no fim da aula.

2. ÂMBITO

O instrutor não se deverá dispersar na sua apresentação.

  • Os conteúdos a transmitir deverão ser exclusivamente aqueles que permitem conduzir ao/s objetivo/s pretendido/s.
  • Em casos muito especiais poderá o instrutor, se assim julgar conveniente, abordar um assunto diferente.

3. SEQUÊNCIA

O instrutor deverá dar uma ordem lógica aos conteúdos que está a transmitir.

  • Esta ordem deve ser predefinida no planeamento da sessão.
  • Respeitar esta sequência torna a apresentação muito mais fácil pois não há desvios que por vezes são difíceis de remediar.

4. RELACIONAMENTO COM A PARTE PRÁTICA

O instrutor deverá relacionar sempre que possível o assunto que está a ser tratado com a vertente prática.

  • Deve utilizar os termos que o aluno irá ouvir ao contactar com a realidade com que irá ser confrontado.
  • Deve relacionar uma situação vivida ou a ser vivida na piscina ou no mar com a matéria que está a explicar.
  • Utilizar analogias entre a matéria que está a tratar com a experiência já obtida pelos alunos na sua vida quotidiana.

5. RELACIONAMENTO COM OUTRAS CERTIFICAÇÕES

O instrutor deverá relacionar sempre que possível o assunto que está a ser tratado com outros cursos de formação CMAS.

  • Deve falar sobre os cursos de especialização quando estiver a falar dos temas relacionados.
  • Deve falar sobre os vários cursos que permitem a progressão dos alunos e a sua aprendizagem contínua.

RESUMO


1. RESUMO DOS OBJECTIVOS

O instrutor fará um resumo dos objetivos enunciados na parte principal da sessão.

  • Poderá colocar os objetivos como perguntas pedindo as respetivas respostas aos alunos.
  • Este sistema tem como vantagem obrigar os alunos a lembrar e aplicar a informação imediatamente, bem como permitir ao instrutor avaliar até que ponto eles estiveram atentos.

2. PONTOS-CHAVE

O instrutor fará um resumo dos pontos-chave enunciados na parte principal da sessão.

  • Isto pode ser realizado referenciando apenas esses pontos.
  • Poderá colocar a valorização dos objetivos como perguntas pedindo as respetivas respostas aos alunos.

CONCLUSÃO


1. PROMOÇÃO DO EQUIPAMENTO

O instrutor promove a venda de equipamento e incute a ideia do equipamento pessoal.

  • Aconselha sobre modelos e marcas
  • Aconselha a obtenção de equipamento pessoal, focando a segurança, a higiene e rentabilização a longo prazo

2. ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS

O instrutor cria abertura para os alunos colocarem dúvidas e questões de forma aberta.

  • Este momento poderá ser referido pelo instrutor “dúvidas e questões”.
  • As dúvidas colocadas podem sair fora do âmbito da sessão.

3. DESPEDIDA E LIGAÇÃO À SESSÃO SEGUINTE

O instrutor deverá despedir-se realizando sempre a ligação com a sessão seguinte. Deve ainda o instrutor ser o último a abandonar as instalações, assegurando que todos os alunos abandonaram a instalação e que tudo ficou em condições de segurança.

  • Deverá despedir-se e explicar o local, a hora, equipamentos e informações necessárias para a sessão seguinte.
  • Deverá ser o último a sair da sala, da piscina ou do centro de mergulho, verificando as condições com que abandona a instalação.