Lesson 1, Topic 1
In Progress

Como Utilizamos as Técnicas de Equalização

Desde o início da descida deve efetuar manobras de compensação da pressão, que podem ser:

  • Engolir
  • Movimentação do maxilar de um lado para o outro.
  • Técnica de Valsava

Estas manobras, facilitam a desobstrução da trompa de Eustáquio permitindo a entrada do ar à pressão ambiente no ouvido médio.

MANOBRA DE VALSALVA


Esta manobra consiste em tentar expirar pelo nariz, com o nariz apertado. Como o ar não pode sair, a pressão aumentará o suficiente para abrir caminho através da trompa de Eustáquio, de forma a restabelecer o equilíbrio das pressões entre o ouvido médio e a garganta. Desta forma, o ouvido fica compensado.

A manobra de Valsalva deve ser feita logo que se inicia a descida, com muita suavidade e repetidas vezes. Se não resultar deve-se suspender imediatamente a descida para evitar situações mais gravosas, como a rotura do tímpano, com todas as consequências daí resultantes.

AO MAIS PEQUENO INDÍCIO DE DOR, A DESCIDA DEVE SER IMEDIATAMENTE INTERROMPIDA

O mergulhador deve subir uns metros, até desaparecer completamente o sintoma doloroso, e reiniciar a manobra de compensação e a descida.

A longo prazo o indivíduo que não poupa os ouvidos, pode vir a sofrer de otites crónicas e surdez precoce.

Podem ser feitas outras manobras com a mesma finalidade, mas por serem de execução mais difícil não são aqui referidas.

Normalmente, durante a subida a trompa de Eustáquio abre passivamente. No entanto, embora seja menos frequente, durante a subida também pode verificar-se dificuldade de compensar o ouvido. Neste caso verifica-se a situação inversa da descida, isto é, ao diminuir a pressão ambiente, o ar no interior do ouvido médio aumenta de volume e se não puder escapar-se obriga o tímpano a distender-se, neste caso de dentro para fora. Esta distensão do tímpano provoca uma dor aguda e tem as mesmas implicações anteriormente descritas.

Assim que entra na água, o mergulhador deve afastar o capuz do fato no sítio dos ouvidos, de modo a que a água inunde o ouvido externo, para que não fique qualquer bolha de ar no seu interior. Se tal acontecer, a libertação da bolha durante o mergulho pela simples inclinação da cabeça, poderá provocar uma situação de vertigem pelo contacto brusco da água com membrana do tímpano.

O uso de tampões auriculares cria uma zona com ar à pressão atmosférica, entre o tampão e a membrana do tímpano.

Se a trompa de Eustáquio estiver permeável e permitir a passagem do ar à pressão ambiente para o interior do ouvido médio, irá criar-se um desequilíbrio de pressões entre o ouvido médio e a bolha que ficou retida pelo tampão, o que vai originar a distensão da membrana do tímpano de dentro para fora, com as consequências atrás referidas. A presença de cera nos ouvidos também podem causar um efeito idêntico ao dos tampões.

O USO DE TAMPÕES AURICULARES É ABSOLUTAMENTE PROIBIDO NO MERGULHO

O uso dos medicamentos vasoconstritores é altamente desaconselhado. O seu tempo de efeito é reduzido, podendo terminar ainda durante o mergulho e causar problemas ao mergulhador quando inicia a subida.

Nesta situação, ao diminuir a pressão ambiente, o ar existente no ouvido médio aumenta de volume. Se não conseguir sair por a trompa já não se encontrar permeável, empurrará a membrana do tímpano para fora, originando o barotraumatismo.