Lesson 1, Topic 1
In Progress

Casos de Emergência

Será difícil, senão mesmo impossível, prever no âmbito deste curso todas as situações de emergência que podem acontecer a uma embarcação no mar. Por isso, vamos abordar apenas algumas das situações que podem ocorrer com pequenas embarcações, sem esquecer as embarcações pneumáticas, muito utilizadas no transporte de mergulhadores.

INCÊNDIO


Um princípio de incêndio a bordo, por sobreaquecimento do motor, pode ser resolvido com uma toalha ou cobertor molhados, com o qual se envolve o motor, ou com um extintor de espuma (nunca utilizar água).

Havendo um incêndio num motor fora de borda, deve-se aproar a embarcação ao vento, para que as chamas sejam empurradas para ré da popa e assim não se propagarem à embarcação.

É preciso ter muito cuidado com o depósito da gasolina (perigo de explosão). Se for necessário, não deve hesitar-se em atirar o depósito à água, onde ficará a flutuar. A reação deve ser rápida, pois o perigo de explosão é grande. No caso de não se conseguir o controlo rápido da situação, deve-se emitir um pedido de socorro via rádio VHF ou telefone e abandonar a embarcação, depois de vestidos os coletes, afastando-se dela para uma distância segura.

CAPOTAMENTO


Se um bote pneumático se voltar, deverá ser orientado de través para o vento, colocando-se uma ou duas pessoas de pé sobre o flutuador de sota-vento (lado para onde vai o vento), segurando num cabo amarrado ao flutuador de barlavento (lado de onde vem o vento) que passa por cima do casco da embarcação. Este cabo deve ser puxado com o auxílio do peso das pessoas, que se vão inclinando para trás.

O peso das pessoas faz afundar o flutuador de sotaventos e a tração do cabo faz levantar o flutuador de barlavento, sendo o resto da rotação do barco feita pelo impulso do vento (se houver vento) até atingir a posição normal.

Se a manobra não for bem sucedida todas as pessoas deverão agarrar-se à embarcação virada, pois serão mais facilmente identificadas pelo meio de socorro que se aproximar.

ROMBO


No caso de haver um rombo no casco de uma embarcação de fibra ou de madeira, provocado pelo embate com um corpo submerso, por exemplo, deverá avaliar-se rapidamente a extensão do rombo e o caudal de água que penetra na embarcação, tentando calafetar o rombo ao mesmo tempo que se vai retirando a água com um vertedouro (espécie de pá ou colher que serve para tirar água das embarcações), um balde ou uma bomba, se existir. Simultaneamente deverá ser emitido um pedido de socorro utilizando os meios à disposição, como sinais de fumo (foguetes de sinalização), sinais sonoros e comunicação via rádio.

AVARIA MECÂNICA


Caso o motor deixe de funcionar, se for possível deve fundear-se a embarcação para evitar que fique à deriva (à rola), pois isso tornará mais difícil a sua localização, sobretudo se estiver vento forte que a arraste.

SOCORRO


Em qualquer caso, o pedido de socorro mais eficiente e rápido é o que se emite via rádio VHF, sempre no Canal 16 (canal de chamada), podendo também utilizar-se um telefone móvel (caso exista a bordo).

Tanto os sinais de fumo como os sinais luminosos são visíveis a muitas milhas de distância, pelo que devem fazer parte do estojo de emergência da embarcação (ver equipamento de segurança obrigatório).