Lesson 1, Topic 1
In Progress

Barotraumatismo dos Seios Perinasais

São acidentes que ocorrem nas cavidades do maciço crânio-facial, quando as variações da pressão ambiente não podem ser equilibradas, devido à obstrução da comunicação dessas cavidades com o exterior.

Os seios frontais comunicam com as fossas nasais através de um canal comprido e estreito, enquanto que os seios maxilares o fazem através de um orifício bastante mais largo e curto. Isto explica porque é que o barotraumatismo dos seios frontais é muito mais frequente do que o dos maxilares. Este barotraumatismo tanto pode acontecer na descida, como na subida.

1º Caso


Em condições normais, as variações da pressão ambiente durante a imersão, que produzem variações do volume do ar encerrado nestas cavidades, são compensadas através da entrada ou saída de ar pelo canal naso-frontal ou pelo orifício do seio maxilar.

Se essa compensação não ocorrer, dá-se uma sucção que, agindo sobre as mucosas e vasos, produzindo secreções, hemorragias e dor.

2º Caso


Se existe uma obstrução destes canais a compensação não se faz.

Neste caso há uma espécie de esmagamento dessas estruturas, produzindo uma dor muito intensa. Quando o canal desobstrui, a dor desaparece quase instantaneamente, chegando o indivíduo a expulsar mucosas que aparecem na máscara, realizando uma verdadeira drenagem.

Descida


A dor pode começar muito próximo da superfície, aumentando progressivamente se o indivíduo persiste em mergulhar. Localizando-se no ângulo interno da órbita junto ao nariz, muitas vezes a dor cede subitamente, o que significa que se desobstruiu o orifício de comunicação e o mergulhador pode alcançar o seu objectivo: descer.

Subida


No regresso à superfície é frequente que o escafandrista observe a presença de sangue e mucosidade dentro da sua máscara.

DURANTE A DESCIDA EXISTIRÁ UMA DEPRESSÃO NO SEIOS PERINASAIS E NA SUBIDA UM BAROTRAUMATISMO EM SOBREPRESSÃO

PREVENÇÃO


Para prevenir este barotraumatismo o mergulhador deve inalar pelo nariz a água do mar, fazendo com que a água saia pela boca. Esta operação produz uma lavagem eficaz e uma vasoconstrição das mucosas ao longo do percurso feito pela água do mar. A conduta correta perante a ameaça dum barotraumatismo é diminuir a velocidade de descida, e se a dor não desaparece, regressar à superfície e tentar assoar-se ou fazer a inalação. Se não se resolve o problema por estes meios deve desistir-se do mergulho.

A maioria das vezes, ao tentar compensar os ouvidos efetuando a manobra de Valsalva, consegue-se simultaneamente fazer a compensação dos seios perinasais.

TRATAMENTO


O tratamento de um barotraumatismo dos seios perinasais compete a um médico. Se as dores persistem depois do mergulho, podem ministrar-se medicamentos analgésicos (aspirina, saridon, etc.) para reduzir o incómodo e deve tomar-se também um antibiótico até à consulta médica

NUNCA MERGULHAR COM SITUAÇÕES FEBRIS. É A ÚNICA CONTRAINDICAÇÃO ABSOLUTA