A Sustentação e Como Acalmar a Vítima
Uma vez que o “RD” estabeleça contacto com a vítima o passo seguinte é segurá-la e tentar acalmá-la.
O “RD” pode segurar a vítima pelo sovaco erguendo-a um pouco sobre a superfície da água, estando esta com as costas voltadas para si.
Nesta posição o “RD” deve manter a vítima junto de si, para lhe comunicar o apoio físico sempre tão necessário nesta ocasiões.


COLOCAÇÃO DA VÍTIMA EM FLUTUABILIDADE POSITIVA
A menos que a vítima esteja já em flutuabilidade positiva é na altura do contacto que o “RD” a deverá colocar.
Por causa dos problemas que podem surgir ao largar o cinto de lastro é recomendável que primeiramente se encha o colete da vítima, acionando a válvula de enchimento, e só depois se deverá retira o cinto.
Este enchimento não deverá ser brutal pois pode ser prejudicial para o mergulhador que está em pânico ao sentir- se apertado pelo colete.

Se não houver possibilidade de colocar a vítima em flutuabilidade positiva por ausência do colete ou de qualquer outro objeto flutuante a solução é libertá-la imediatamente do cinto de lastro.
A manobra deve ser feita por trás da vítima ou pelo lado e pode por vezes ser difícil sobretudo se o “RD” não conhecer o tipo de fivela do cinto. Daí a conveniência do “RD” conhecer a maior parte dos tipos de fivelas utilizados e assegurar-se durante a aproximação de qual o tipo usado pela vítima.
COMO ACALMAR A VÍTIMA
Acontece por vezes que o salvador se cansa tanto ao lutar com uma vítima que se debate, que fica incapaz de continuar o salvamento, pelo que deverá o mais rapidamente possível interromper o contacto.
Esta atitude só deve ser tomada só no caso da vítima ter sido posta previamente em flutuabilidade positiva e desde que o “RD” tenha a certeza que qualquer esforço suplementar da sua parte conduziria à situação de duas vítimas em vez duma só.
A separação efetuada dará ao “RD” possibilidade para descansar e recuperar as forças, ao mesmo tempo que a vítima, vencida pelo cansaço, permitirá ao salvador reiniciar o salvamento pouco depois, em condições de maior segurança.
NUNCA DEVERÁ ABANDONAR-SE O SALVAMENTO MAS SIM REINICIÁ-LO EM MELHORES CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
Normalmente um mergulhador em dificuldade sente um sensação de sufocação quando tem o tubo ou o regulador na boca o que vai agravar a situação.
É pois de toda a conveniência tentar colocar a vítima de costas tirando-lhe o regulador da boca de forma que ele possa inalar profundamente o ar pela boca até retomar o seu ritmo normal de respiração.
É também aconselhável tirar-lhe a máscara da cara de modo que ela possa também respirar pelo nariz, salvo se o estado do mar o não permitir.
Logo que a vítima tenha controlado a situação o “RD” deverá voltar a colocar-lhe a máscara e o regulador, nunca deixando de falar com ela de modo a incutir-lhe segurança.
Uma vez que o “RD” tenha conseguido colocar a vítima em flutuabilidade positiva e a tenha bem segura o perigo fica desde logo praticamente afastado, sendo o passo seguinte o conseguir acalmá-la de modo a que ela adquira o seu auto controlo, para o que deve manter um contacto forte e olhar bem nos olhos da vítima enquanto fala calma e incisivamente com ela.
O objetivo a atingir é que a vítima permaneça quieta, em repouso total, respire profunda e controladamente acabando assim por se recuperar completamente