A Exaustão
Quando um mergulhador efetua um esforço superior às suas capacidades físicas em que não consiga manter controlado o seu ritmo respiratório está criada uma situação que conduz ao aparecimento duma forma de stresse do mergulhador, a exaustão, que tanto se manifesta à superfície como em imersão.
À superfície deve estabelecer-se de imediato flutuabilidade positiva e ajudar a vítima a chegar a terra ou ao barco. Se necessário não hesitar em pedir ajuda.
Em imersão um mergulhador pode estar em estado de exaustão sem que manifeste o menor sinal exterior da situação. No entanto uma respiração ofegante com grande desprendimento de bolhas num ritmo muito elevado podem levar à conclusão de que algo de anormal se está a passar.
Se esta situação se prolonga pode degenerar em perda de consciência pelo que a rapidez na sua despistagem e assistência são fundamentais.
Se um “RD” detetar noutro mergulhador sinais de stresse e angústia isto não significa que esteja perante uma situação de exaustão, no entanto as técnicas de assistência a uma vítima nesta situação revestem-se dos mesmos procedimentos aplicados numa situação de exaustão e que são os seguintes:
- Paragem imediata de toda a atividade física do mergulhador para que lhe seja possível recuperar. Tal será possível pelo simples contacto visual seguido da sinalização adequada (sinal de parar do CIS)
- Contacto físico segurando o braço do mergulhador em dificuldade, exercendo alguma pressão para lhe transmitir segurança.
- Fazer compreender ao mergulhador, por linguagem gestual, que é necessário que ele respire lentamente e expire profundamente.
- Tentar que o mergulhador se agarre a qualquer objeto fixo no fundo até que ele retome o ritmo respiratório normal (se a situação no fundo o permitir estar confortável nesta posição, como por exemplo a ausência de “fola”).
- Após a recuperação do mergulhador, regressar de preferência para a superfície acompanhando o mergulhador recuperado.