Lesson 1, Topic 1
In Progress

A Demonstração

O saber interiorizar todas as sensações físicas e os movimentos do corpo necessários para o desempenho de qualquer exercício prático é fundamental na aprendizagem do mesmo.

É esta interiorização que os alunos fazem ao observar o instrutor a demonstrar qualquer exercício. 

Esta interiorização será totalmente conseguida se o aluno conseguir explicar por palavras suas, passo a passo, como o exercício é realizado.

Para melhor compreensão o exercício deve ser demonstrado em duas etapas:

  1. O instrutor executa o exercício à velocidade e ritmo da situação real.
  2. O instrutor decompõe o exercício nos vários passos que o compõem, fazendo uma paragem no fim de cada um deles, exagerando os movimentos necessários a esse passo, muito lentamente de modo que os alunos o possam ver como se estivesse em “câmara lenta”.

Para que o resultado pretendido seja obtido, os alunos devem estar devidamente posicionados de modo a poderem observar todos os movimentos implicados no mesmo, da mesma forma que o instrutor se tem de posicionar corretamente em relação aos alunos ao fazer a demonstração.

O exercício deverá ser realizado de frente para os alunos e repetido colocando-se o instrutor na posição de lado para os alunos.

Se a demonstração do exercício estiver a ser realizada na parte com pé da piscina (alguns terão vantagem em ser feitos nesse local) o instrutor poderá de vez em quando levantar-se e comentar com os alunos algum detalhe, dando-lhe assim maior relevo.

É importante que antes do início da demonstração seja realizada uma explicação clara e concisa do exercício que vai ser demonstrado sobretudo se elas têm lugar debaixo de água num local fundo que não permite ao instrutor fazer qualquer comentário verbal (apenas gestual) como anteriormente foi referido.

O INSTRUTOR NÃO SE PODE ESQUECER QUE ESTÁ A DEMONSTRAR UM EXERCÍCIO PARA OS ALUNOS E NÃO ESTÁ A DAR ESPETÁCULO EM QUE ELE É O ATOR PRINCIPAL À ESPERA DOS APLAUSOS DO PÚBLICO

Os alunos têm de entender que o objetivo que lhes vai ser exigido é relativamente fácil de atingir e nada que requeira anos e anos de experiência.

Uma vez que o aluno tenha ficado motivado para executar o exercício após ter assistido à sua demonstração e explicação inicial foi criado no aluno uma apetência para a aprendizagem que o levará à execução do mesmo

Após a sua primeira execução o aluno deverá repeti-la sob a vigilância do instrutor que anotará os erros praticados de modo a poder corrigi-los.

A duração destas repetições deve ser criteriosamente analisada pois se for muito curta o aluno pode não conseguir atingir a maior correção a executá-lo. Por outro lado, se for muito longo, o aluno que não teve dificuldade em executá-lo começa a ficar aborrecido e com frio o que lhe reduz a motivação para os exercícios seguintes.

Cada exercício necessita do seu tempo para ser perfeitamente assimilado e por vezes resulta fazer pequenas pausas durante o treino para reduzir o cansaço e a sensação de frustração caso o exercício não esteja a ser bem conseguido.

A mudança de exercício pode muitas das vezes ser um meio de fazer uma pausa em exercícios particularmente demorados e difíceis de executar.

Por vezes voltar a executar o exercício anterior que foi bem-sucedido, vai encorajar os alunos quando regressam ao exercício em que estavam a sentir mais dificuldades permitindo-lhes assim ultrapassá-las.

Obrigar a repetição de um exercício vezes sem conta a um aluno que não teve dificuldades em realizá-lo, pode abalar a sua autoconfiança e prejudicar a sua evolução.

DEMONSTRAÇÃO EM ÁGUAS ABERTAS


Em águas abertas poderá existir a possibilidade de haver má visibilidade originada pelos sedimentos em suspensão, que obriga o instrutor a estar mais perto dos alunos para que eles possam observar a demonstração do exercício e para que o instrutor possa avaliar a execução dos alunos.

Voltamos a lembrar que o instrutor não pode esquecer-se que o controlo dos alunos apresenta dificuldades acrescidas, devido às características do meio onde a aula está a ser efetuada, sem a proteção das paredes da piscina e com condições de visibilidade nem sempre ideais.